No primeiro dia do Fórum Econômico Mundial, que em Davos, na Suíça, o ministro da Fazenda Fernando Haddad deu sinais de que a reforma tributária deverá ter compromisso com justiça social.
Segundo ele, as reformas econômicas no Brasil caminharão juntamente com objetivos de sustentabilidade.
O ministro adiantou que o País terá duas reformas tributárias. A primeira delas deve ser concluída em seis meses. Ela terá como base as discussões em andamento no Congresso Nacional. Em seguida haverá outra com a finalidade de “corrigir a regressividade” do sistema, “em que pobre paga muito e rico paga pouco”.
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Representando o Brasil – juntamente com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Haddad, destacou em conversa com jornalistas que o modelo de economia defendido pelo Brasil é o da “retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal e ambiental e justiça social”.
“A sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer, não apenas em termos da retomada dos compromissos históricos, com o combate ao desmatamento e [o uso de] energia renovável, mas, também, na pauta do desenvolvimento”, afirmou o ministro.
De acordo com Haddad, o Brasil pode contribuir muito no crescimento aliado à sustentabilidade e está preparado para assumir o lugar que a comunidade internacional espera do país.
Haddad enfatizou a resposta imediata dada pelas instituições brasileiras em relação aos ataques golpistas no dia 8 de janeiro.
“No dia seguinte, houve uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal, o afastamento judicial do governador do DF, a visita dos 27 governadores a Brasília, que se reuniram com os três Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário – num gesto de compromisso com a Constituição e com a agenda democrática. Acredito que a própria maneira como o presidente Lula vem se comportando, e a receptividade que ele vem tendo tanto no Congresso, quanto no Judiciário, é a prova de que nós estamos no bom caminho”.
O ministro ressaltou, ainda, o compromisso do Brasil em dar suporte às jornadas democráticas que o mundo está vivendo, sobretudo na América do Sul.