Professora formada em História e mestra em Serviço Social, Talíria Petrone é ativista e milita por mulheres, negros, por direitos humanos e da população LGBTQIA+. Deputada federal reeleita em terceiro lugar pelo Rio Janeiro, nas eleições de 2022 pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi vereadora mais votada em em Niterói em 2016. Colega de partido de Marielle Franco, recebeu ameaças de morte diversas vezes, tanto em Brasília como em sua cidade natal, Niterói. Criada no bairro do Fonseca, zona Norte de Niterói, é formada em História pela UERJ e tem mestrado em Serviço Social e Desenvolvimento Regional pela UFF.
Propõe
Criar a Secretaria Especial do Cuidado, que articulará diferentes políticas sociais; atuar para zerar o déficit habitacional; gerar empregos verdes; identificar as possibilidades de encadeamento industrial e setorial que podem dinamizar a economia niteroiense, como a pesca artesanal e indústria naval para pequenos barcos, turismo, reequipamento da saúde, produção de materiais e remédios, confecções; expandir equipamentos públicos da Assistência Social; criar dois novos CRAS para atender demandas imediatas da população; ampliar as equipes técnicas multidisciplinares dos CRAS e CREAS por meio de concurso público; oferecer moradias de transição, garantir moradia de longo prazo para a população em situação de rua. Clique aqui para receber todas as propostas.
O que faz/diz/aponta
Talíria aponta em seu plano de governo que a cidade tem uma “estrutura produtiva oca”, incapaz de gerar empregos de elevada remuneração”. As políticas públicas para população vulnerável estão aquém do necessário”. Segundo seu programa de governo, somente 48,7% das famílias em situação de vulnerabilidade social possuíam alguma cobertura da proteção social básica 2023. E somente 20% da população em situação de rua consegue abrigo em alguma unidade de acolhimento da Prefeitura; ainda assim, a prefeitura, em novembro de 2022, encerrou o Centro Pop itinerante, que precisa ser reativado e ampliado.
Propõe
Criar um sistema de controle ambiental além de um sistema Municipal de Unidades de Conservação; inibir a especulação imobiliária que desaloja comunidades; criar programa de monitoramento de qualidade das águas das lagoas de Itaipu e Piratininga e seus afluentes; realizar obras de infraestrutura para garantir a troca de água entre as lagoas; contribuir para assegurar a recuperação da Bacia dos rios Guapiaçu e Cachoeiras de Macacu para aumentar a vazão de água para Niterói; recuperação dos cursos d’água; construir ciclofaixa na Zona Norte, conectando-a ao Centro, completar a malha cicloviária da Orla até a Fortaleza Santa Cruz; criar o IPTU Verde, com projetos de coleta seletiva e compostagem; exigir que as empresas financiem a logística reversa e várias outras propostas a partir da página 61 deste documento. Clique aqui para receber todas as propostas.
Faz/Fez/Diz/Aponta
Deputada federal, Taliria Petrone (PSOL) é Coordenadora do Grupo de Trabalho do Clima da Frente Parlamentar Ambientalista que debate a discussão e implementação de temas como adaptação climática, racismo ambiental, transição energética e mercado de carbono. “É urgente que tenhamos uma cidade preparada e adaptada a extremos climáticos que já nos atingem, como as ondas de calor extremo e as chuvas com alto volume”. Votou contra a PEC das praias na Câmara dos deputados. Também votou contra projetos de lei que esvaziam órgãos ambientais.
Propõe
Ampliar a cobertura da Estratégia de Saúde da Família para 100% da população; aumentar leitos de emergência e fortalecer o SAMU; transformar o Hospital Municipal Carlos Tortelly (HMCT) em um hospital de referência para as principais urgências em clínica médica; implementar o projeto “Niterói Sorridente” para prestação de saúde odontológica pública; promover gradativa substituição do modelo de contratação dos trabalhadores da saúde por um sistema de gestão pública com concurso público; promover gradativo fim da parceria com as organizações sociais (OS) para superar atual desorganização dos serviços, precarização do trabalho em saúde e a desassistência. Clique aqui para receber todas as propostas.
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O que faz/diz/aponta
Segundo o plano de governo de Talíria, Niterói encontra-se aquém do Pacto pela Saúde na defesa do SUS. “O Sistema de Saúde do município é caracterizado por uma grande inoperância estrutural, resultante da insuficiência na cobertura da saúde da família, falta de leitos de internação qualificados, escassez de unidades de terapia intensiva, desarticulação entre os componentes da rede de atenção, ausência de controle e avaliação e, sobretudo, pela falta de uma gestão profissionalizada. É preciso considerar que o envelhecimento da população tem levado, aos serviços de saúde, pacientes que necessitam de acesso a recursos tecnológicos avançados”.
Educação
Propõe
Ampliar gradativamente o orçamento destinado à educação para buscar o percentual de 35% das receitas de impostos; criar 10 novas escolas para a educação infantil e o ensino fundamental nos dois primeiros anos de mandato; dobrar o número de escolas que oferecem a educação de jovens e adultos na cidade; incorporar os CIEPs (Cantagalo e Fonseca); realizar a gradual municipalização das creches comunitárias; criar o Programa de Bolsa Permanência (combate à evasão escolar); oferecer bolsa Monitoria e de Iniciação Científica na rede municipal; distribuir uniformes e kits escolares aos estudantes; garantir ações de acolhimento e apoio a estudantes mães com bolsas de auxílio para evitar abandono; criar Curso Pré-vestibular Municipal. Clique aqui para receber todas as propostas.
O que faz/diz/aponta
Para Talíria, o discurso da Prefeitura, de expansão da rede de ensino com a criação de quase 30 novas unidades, não significou crescimento expressivo no número de vagas ofertadas à população, passando das 25.420 matrículas em 2013 para 27.646 em 2023. “Ao analisarmos esse processo mais atentamente, percebemos que a “expansão” se deu, principalmente, na municipalização de creches comunitárias e de escolas da rede estadual”. A construção de equipamentos próprios se limitou a 13 unidades, quatro delas entregues “no apagar das luzes” da atual gestão, diz em seu programa de governo.
Cultura e Lazer
Propõe
Criar escritório de Projetos Culturais com assessoria técnica para artistas locais; criar programa de meia entrada para professores da rede pública; criar o Festival Niteroiense de Música; promover a revitalização do histórico Cine Icaraí, desativado desde 2006; ampliar e fortalecer a cultura em todas as regiões, com a Cidade do Samba na zona norte; retomar a Niterói Discos, criar o Programa Cinema nas Periferias com edital específico para produção e exibição de filmes; municipalizar e reformar o Estádio Caio Martins para transformá-lo em um Centro Cultural e Esportivo Municipal. Clique aqui para receber todas as propostas.
Faz/Fez/Diz/Aponta
Talíria aponta em seu plano de governo que as despesas na área cultural, realizadas pela Secretaria Municipal das Culturas, pela Secretaria Municipal de Ações Estratégicas e pela Fundação de Artes de Niterói passaram de aproximadamente R$ 62 milhões em 2020 para R$ 102 milhões em 2023. “É possível e necessário melhorar a geração de emprego na cidade com tamanho investimento”. Segundo o documento, dois indicadores de 2023, elaborados pela própria prefeitura, ilustram essa situação: do total de empregos formais no município, apenas 0,02% estão no setor artístico-cultural; e, do total de investimento em projetos culturais no município, somente 2% foram destinados a áreas de vulnerabilidade social”.
Veja também propostas e realizações dos outros candidatos:
Bruno Lessa
Carlos Jordy
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O Match Eleitoral Niterói é um produto jornalístico desenvolvido pela Agência Nossa com apoio do programa GNI Startups Lab – criado pela Google News Initiative em parceria com a Echos (Laboratório de Futuros Desejáveis). Equipe: Sabrina Lorenzi (Projeto e Edição), Neise Marçal (Apuração e Reportagem), Cláudia Mancini (Consultoria de Projeto), Clara Lorenzi (Design) e Márcio Loureiro (Desenvolvimento).