Com a terceira maior costa do País, o Rio de Janeiro tem potencial para se tornar um dos lugares mais expressivos da Economia Azul, aponta estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A conclusão foi divulgada nesta quinta (31/10) pelo secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, durante a abertura do Green Rio.
Economia Azul significa o uso sustentável dos recursos de água doce e marinhos para o desenvolvimento econômico, melhoria do bem-estar social, geração de empregos, conservando a saúde dos ecossistemas oceânicos e costeiros.
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O território fluminense representa 9,74% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, com receita de aproximadamente R$ 242,1 bilhões por ano em valor agregado, segundo pesquisas realizadas em 2021. De maneira geral os dados se referem à Economia do Mar, apontando o registro de 301.122 profissionais com carteira assinada e 15,15% de importância direta e indireta nas cadeias produtivas relacionadas com a economia do mar fluminense e da faixa costeira, a 3ª em extensão do país.
O relatório prevê um forte aquecimento na economia costeira: o setor poderá movimentar cerca de U$ 3 trilhões no mundo até 2030.
“O governo estadual está implementando várias políticas de economia azul, incluindo uma Política Estadual sobre a Economia do Mar, um Projeto de Gestão da Economia Azul e programas que fomentam a inovação azul e a boa governança da Baía de Guanabara, como a implementação do Hub de Inovação em Economia Azul, o BlueRio” afirma Bernardo Rossi, titular da pasta ambiental.
Para a implementação da Política Pública de Economia Azul na Metrópole do Rio de Janeiro será necessário mapear fontes e dados dos indicadores para os setores da economia azul (PIB, emprego, saúde marinha costeira e de água doce); realizar a promoção de uma abordagem integrada das águas; estabelecer um fundo azul para a preservação e restauração de ecossistemas azuis, com soluções baseadas na natureza; garantir a inclusão massiva por parte da população através de programas de educação e cultura oceânica.
“As recomendações e o plano de ação indicado pela OCDE configuram-se em ferramenta poderosa para que o Governo do Estado construa um arranjo institucional e planejamento realista para que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro se torne uma “Metrópole Azul” no fluxo do avanço progressivo da transição energética das fontes de energia e dos índices de redução das emissões de gases de efeito estufa como a descarbonização da economia do estado”.
Além dos estudos da organização internacional, o primeiro dia do evento de sustentabilidade sediado na Marina da Glória foi marcado agenda azul com a estreia do Blue Economy Rio Summit, novidade da edição que reunirá nos três dias autoridades e especialistas para discutir o modelo econômico baseado nos recursos hídricos.
“Vale lembrar que o G20 deste ano tem como tema de debate os oceanos. A economia azul é um dos pilares para viabilizar a restauração e preservação deste ambiente fundamental. O estudo sairá a poucos dias da Cúpula do G20, o que é uma enorme conquista, de extrema relevância para todos que amam o Rio de Janeiro”, completou Rossi.