A participação social nas discussões do G20 será a marca brasileira da cúpula dos chefes de estado das maiores economias do mundo, União Europeia e Africana, que acontece no Rio de Janeiro entre o próximo domingo (17) e terça-feira (19).

Sob a presidência brasileira, o País vai sediar a primeira Cúpula do G20 Social, com o objetivo de garantir que vozes populares sejam ouvidas nas decisões tomadas sobre economia e governança global no evento maior. O G20 Social acontece a partir desta quinta-feira, até sábado, com a entrega do documento final da Cúpula  ao presidente Lula e ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que assume a presidência do G20 em 2025. 

No Brasil, o evento do G20 ganhou mais peso social ao receber contribuições de entidades populares e ao implementar atividades organizadas por representantes da sociedade civil e plenárias para cada eixo prioritário. A presidência brasileira definiu três temas prioritários para a discussão entre os chefes de estado: combate à fome; mudanças climáticas e reforma da governança global.

Serão 271 palestras, conversas entre outras atividades que envolvem reivindicações da sociedade civil organizada na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro. Temas como justiça ambiental, equidade em saúde, enfrentamento ao racismo, igualdade salarial, defesa do serviço público, entre questões específicas como Sustentabilidade no Carnaval;  agrotóxicos nas mudanças climáticas e o enfrentamento das transformações no mundo do trabalho. 

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No dia 14 de novembro, haverá a cerimônia de abertura com a presença de ministros de estado como o da Secretaria-Geral da Presidência da República,  Márcio Macêdo, e da Fazenda, Fernando Haddad. No dia 15 de novembro, o segundo dia será dedicado a três plenárias para discutir os três eixos propostos pela presidência brasileira ao G20: 

A primeira plenária, dedicada a debater o combate à fome, à pobreza e às  desigualdades, reunirá o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Nosipho Nausca-Jean Jezile, representante permanente da África do Sul junto à FAO e presidente do Comitê de Segurança Alimentar (CSA), Ibrahima Coulibaly, do Mali, presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores (PAFO) e Elisabeta Recine, representante da Sociedade Civil Brasileira e presidente do Consea.

A segunda plenária será dedicada a debater sustentabilidade, mudança do clima e transição justa e terá debatedores como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Laurence Tubiana, da França, economista, diplomata e negociadora-chefe do Acordo de Paris, uma liderança indígena brasileira e Adriana Marcolino, representante da Sociedade Civil Brasileira e Diretora Técnica do Dieese.

A terceira plenária do dia vai discutir a reforma da governança global e terá nomes como Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, Yildiz Temürtürkan, da Turquia, coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres, o escritor coreano Ha Joon Chang, economista, professor e autor do best-seller internacional “Chutando a Escada” e Antonio Lisboa, representante da sociedade civil brasileira, da Confederação Sindical Internacional (CSI).

No dia 16 de novembro, os participantes do G20 Social poderão ouvir a leitura do texto final do documento a ser entregue ao presidente Lula durante a cerimônia de encerramento. A ideia é que o texto seja lido por vários representantes da sociedade civil e os participantes aclamem o conteúdo produzido ao longo de todo o processo do G20 Social. 

Os 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social são: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).

 

Confira a programação completa no site do G20 Social, aqui.