A Gerdau e a Vale destinaram respectivamenteR$ 30 milhões e e R$ 8 milhões para criar um fundo filantrópico emergencial ao Rio Grande do Sul. O RegeneraRS foi idealizado pelo Instituto Helda Gerdau (IHG), em parceria com a Din4mo Lab, que fará a gestão do fundo.
A meta é captar um total de R$100 milhões para apoiar projetos em 4 áreas temáticas: Educação, Habitação, Soluções Urbanas e Apoio a Negócios. A destinação final de recursos será feita a projetos e iniciativas que beneficiem os impactados pela tragédia climática.
O modelo criado propõe um instrumento de mobilização rápida para contribuir com o enfrentamento da crise no estado, mas que também garanta uma destinação estruturante. Para isso, as iniciativas serão mapeadas e selecionadas por uma governança que conta com o apoio de grupos técnicos e temáticos.
“Para além da seleção de iniciativas que receberão apoio emergencial, os grupos técnicos irão coletar aprendizado para contribuir com o desenvolvimento de soluções de longo prazo que visem a reconstrução resiliente, inclusiva, equitativa e regenerativa do Rio Grande do Sul”, destaca o cofundador da Din4mo Lab, Marcel Fukayama.
A iniciativa está na fase de prospecção de novos doadores. De acordo com Fukayama, o fundo filantrópico é uma ótima opção para aportes irrestritos, de maior montante e com o propósito de alavancagem de impacto e financeiro.
Beatriz Johannpeter, diretora do Instituto Helda Gerdau, defende que é preciso mobilização em diversas frentes de atuação, com medidas de adaptação e resiliência, e políticas de planejamento urbano que levem em conta os riscos climáticos.
“Cuidar do presente, mas também pensar o futuro. Essa é a premissa que orienta o trabalho do RegeneraRS. Queremos ajudar na reconstrução do estado, apoiando projetos que contribuam com o amanhã mais sustentável. Acreditamos que, com a ação coletiva, podemos construir um Rio Grande do Sul mais preparado e mais consciente em relação às mudanças climáticas”, afirma a diretora do IHG.
Para Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale, o impacto causado pela tragédia climática sobre as comunidades locais e a infraestrutura do estado é imenso, o que exige a necessidade urgente de um esforço conjunto para sua reconstrução.
“Entendemos que o compromisso das empresas deve ir além de suas operações e objetivos do negócio. Em momentos de crise como este, é essencial que o empresariado brasileiro e governos se unam para potencializar as ações necessárias. Queremos que nossa contribuição inspire outras empresas a se juntar a esta causa tão urgente, fortalecendo essa rede de apoio e garantindo que nossos esforços sejam ainda mais eficazes e abrangentes”, afirma Bartolomeo.
Com o valor aportado pela Vale ao Fundo RegeneraRS, o total alocado pela mineradora nas ações de ajuda humanitária ao Rio Grande do Sul soma R$15 milhões, envolvendo articulações com diversas instituições.