Perguntei para a IA
Qual a mistura do Mussum com Elvis
Pedi e ela não deu
IO IO intrometeu
Meta AI lá no Forelvis
O diálogo de IO IO, Inteligência Original, com IA IA, Inteligência Artificial, é a base do samba-enredo bem-humorado e crítico do Forelvis neste ano. O bloco de carnaval niteroiense mistura Mussum com Elvis, samba com rock. Mais do que isso, o grupo joga luz sobre questões sociais urgentes e satiriza polêmicas como a do comportamento de empresas de tecnologia: “Explode o Zuckerberg!”
Fundado em 2017, o bloco traz o tema “Inteligência Artificial (IA) x Inteligência Original (IO)”, com o irreverente refrão: “META AI lá no Forelvis”. Eles se apresentam neste domingo, à tarde (normalmente até de noite) na Vila Cervejeira.
Outro samba-enredo autoral do Forelvis que abordou temáticas de conscientização foi sobre a vacina. Num momento em que o mundo precisava dela para se livrar de vez da mortal Covid. A quarentena já tinha terminado, mas a polarização que desinformou a população não.
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“Meu coração faz Bu-bu-Tan-tan
Muito obrigado, Oswaldo Cruz
Vital Brasil, Adolf Lutz, Carlos Chagas,
Zé Gotinha
E um viva para o SUS!”
Outro bloco de Nicty que brinca com a polêmica e abraça a causa, o Sambaqui nasceu em 2018 para defender o “patrimônio ambiental, cultural, social e cênico de Itaipu e RO de Niterói”, como se descreve no perfil do Instagram. O grupo se origina do Movimento Lagoa para Sempre, que defende as lagoas, entre outras belezas naturais da cidade.
O bloco leva o nome do que está ameaçado pela nova lei de uso do solo da Prefeitura: sambaqui é um monumento formado por camadas de conchas, ossos e restos orgânicos que possuem achados arqueológicos milenares. Em Niterói, na região oceânica, existem alguns, e um deles é alvo de uma construção de luxo no coração de Camboinhas, em frente à praia.
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A placa do Iphan destoa dos empreendimentos ao lado. Foto: Agência Nossa
Em meio à briga entre ambientalistas e construtoras que avançam em gabaritos mais altos em Camboinhas (com aval da Prefeitura de Niterói), o bloco se apresenta neste sábado a partir das 10h na Praça das Amendoeiras, em Itaipu. O bloco
Também com um histórico de sambas satíricos, e principalmente, crítico às notícias, o Imprensa que Eu Gamo completou 30 anos neste sábado.
O Imprensa que eu Gamo foi criado em 1995 por um grupo de jornalistas, no mesmo bairro em que sempre desfilou, Laranjeiras. De lá para cá, se tornou gigante, com mais foliões jornalistas do que jornalistas. Este é um dos motivos pelos quais seus dirigentes estão decidindo parar, ou continuar menor, antes. Um dos sambas da década passada rendeu polêmica, da polêmica. Dizia assim a estrofe com refrão:
“Zé Dirceu
Se fu…
Antes ele do que eu
A Carolina todo mundo viu pelada
Menos o Lula que nunca sabe de nada”
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O desfile lotado do Imprensa que eu Gamo nas Laranjeiras. Foto: redes sociais/Ramona Ordonêz