Líderes comunitárias, ativistas e educadoras reúnem raízes, sementes e plantas de seus territórios para dar vida a uma árvore construída com palavras e símbolos de comunidades que resistem às mudanças do clima nos biomas brasileiros. A instalação pode ser visitada até 8 de junho no Museu do Amanhã, no Rio.
A peça foi produzida por integrantes da Defensoras por Defensoras, que teve origem em 2021, durante a pandemia, a partir da necessidade de um espaço de formação, acolhimento e fortalecimento pessoal, social e político. No início, as reuniões eram apenas virtuais com algumas lideranças. O grupo cresceu à medida que cada uma trazia mais ativistas – hoje, são cerca de 40 integrantes.
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Em outubro de 2024, com apoio do OC, elas se encontraram em Brasília para reafirmar suas lutas e construir novas estratégias coletivas. A árvore cenográfica foi criada na ocasião: as defensoras se inspiraram na estrutura de raízes, tronco, caule, folhas, flores e na simbologia da floresta para expressar a força de cada uma e a solidez do coletivo.
Muitas vezes anônimas e desconhecidas da sociedade, elas acreditam que juntas podem dar visibilidade a histórias, desafios e conquistas de mulheres que cuidam de seus territórios.
Confira aqui o vídeo com as defensoras, apresentada durante a abertura da mostra.
“O primeiro encontro presencial proporcionou um espaço de afeto, escuta, planejamento e criação artística. A árvore representa a força do grupo unido e a resiliência de nossas atuações”, diz a defensora Sarah Marques, uma das fundadoras do coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste, de Recife. “Convidamos o público a enxergar, reconhecer e apoiar as defensoras do clima e suas motivações. A mostra revela a potência e a urgência dessas histórias de luta por justiça climática. É o início de uma jornada de visibilidade e reconhecimento de mulheres que, diariamente, defendem o clima e os direitos humanos no Brasil.”