Uma iniciativa de eficiência energética, com foco em pequenas e médias indústrias do estado de São Paulo, pode viabilizar a economia de energia equivalente ao consumo de todo o Distrito Federal. E reduzir ainda emissões de 1,1 milhão de toneladas de gás carbônico.

Desde que foi iniciado, em setembro de 2021, o programa PotencializEE já recebeu cerca de 400 inscrições de empresas industriais em 10 regiões de São Paulo para serem beneficiadas com ações que promovem, além da redução de custos operacionais com energia, a reindustrialização de baixo carbono, o aumento da competividade e a geração de novos empregos verdes.

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Um exemplo de indústria que participa do programa é a Anodont, empresa especialista em anodização técnica e decorativa em alumínio de Ribeirão Preto, que já tinha implementado algumas medidas de eficiência energética e procurou o PotencializEE, através do SENAI-SP, para intensificar as mudanças na planta industrial. 

“Já tínhamos instalado placas fotovoltaicas e trocado as lâmpadas, com isso conseguimos abaixar 30% do consumo de energia elétrica. Com a consultoria e as mudanças propostas por ela, acreditamos que podemos reduzir muito mais. Queremos diminuir a conta de energia e também o impacto ambiental”, afirma a analista administrativa da empresa Thaís Miranda.

A Agência Internacional de Energia estima que a eficiência energética precisará entregar pelo menos 35% da diminuição acumulada de CO2 exigida para se atingir as metas do Acordo de Paris, que visa combater as mudanças climáticas. O setor industrial deve contribuir com a maior parte deste potencial. 

Instalações da Anadont em São Paulo. A empresa aderiu ao programa de eficiência energética. Foto: Divulgação

Outra indústria que aderiu ao programa é a Tecido Fiama, empresa têxtil de Campinas (SP) especialista em tecidos de decoração, que procurou o PotencializEE para otimizar os seus projetos internos de recursos energéticos. A empresa já compra de energia elétrica no Mercado Livre. Com o PotencializEE, todas as áreas serão impactadas, dando prioridade às intervenções com projetos para redução do consumo do gás natural e um melhor aproveitamento da energia elétrica.

“A Fiama já tem a cultura de sempre buscar novos recursos e minimizar os gastos com energéticos, a diferença é que agora com o Programa PotencializEE temos o amparo de uma equipe do SENAI muito bem preparada e focada para esse assunto. Na primeira quinzena de agosto, finalizamos o pré-diagnóstico e já aprovamos o orçamento para dar início ao diagnóstico”, diz a diretora de Suprimentos e Importação da empresa,  Susy Marcos.

A empresa acredita que, mais que reduzir custos, as medidas de eficiência energética têm o objetivo de auxiliar na preservação do meio ambiente. “Hoje as empresas devem estar inseridas no contexto Social e de Sustentabilidade, reduzindo a emissão de CO2 na atmosfera e demonstrando para a sociedade um comprometimento com processos menos poluentes e principalmente redução de consumo de combustíveis fósseis”, acrescentou a diretora.

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Em paralelo, mais de 80 empresas que realizam instalações de equipamentos industriais de alto desempenho energético (motores, fornos, caldeiras, compressores, coletores solares, sistemas de refrigeração industrial, etc.) registraram interesse em fazer parte do banco de fornecedores do PotencializEE, atendendo todas as categorias tecnológicas do programa e os polos regionais das indústrias a serem atendidas no estado de São Paulo. 

Tais fornecedores de tecnologias e soluções de eficiência energética participaram de um chamamento público do SENAI-SP, que permanece aberto. 

Interessados podem obter informações neste link: https://www.programa-potencializee.com.br/fornecedores-tecnologias-senai/