O presidente da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES), Arthur Koblitz, recebeu com otimismo o nome de Aluizio Mercadante para a presidência do banco. 

“O novo governo confirma assim o discurso de que quer destaque para o BNDES. E temos expectativa de que teremos diálogo com o presidente, o que não vínhamos fazendo nesta gestão atual”, afirma Koblitz, que também integra o Conselho de administração da instituição. 

Assine nossa newsletter gratuita para receber as reportagens

Para retomar o papel de indutor de investimentos, com mais desembolsos, o banco de fomento precisará melhorar as condições de crédito, segundo ele, a partir de algumas alternativas.

“Em relação ao PIB, o desembolso hoje é menor do que era em 1995, a taxa de investimento é menor, isso é grave, precisamos mudar isso. Há vários caminhos”.

TJPL ou taxa de longo prazo

“Tínhamos antes a TJLP, hoje não temos mais… seria bom uma taxa de longo prazo definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) com participação do BNDES, uma taxa discricionária mais fundamentada num programa de desenvolvimento brasileiro …”. 

Redutores e debêntures incentivadas

“Redutores sobre a taxa atual ou mesmo mecanismos que permitissem ao BNDES captar recursos emitindo títulos, mas que tivessem algum tipo de isenção fiscal, como têm hoje as debêntures incentivadas”.

“Só as debêntures que têm incentivo chegam a apoiar projetos de infraestrutura mas mesmo assim são projetos com baixíssima incerteza …” 

Leia também: Com Mercadante, BNDES fortalece exportações e empregos

Mercado não dá conta

“Mentira que mercado de capitais substitui o BNDES. Não tem substituído, depois de seis anos dessas mudanças de redução de desembolsos do BNDES o setor privado ainda não tem apetite: todas essas emissões de debêntures são voltadas para refinanciamento de passivos, para capital de giro …”

“O mundo tomou outra direção e o BNDES precisa retomar isso”.