O Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, terá 100% do consumo de suas concessões de rodovias, aeroportos e mobilidade urbana abastecido por fontes renováveis de energia elétrica até o fim de 2024. O movimento representa a antecipação em um ano da meta assumida pela Companhia de só utilizar energia limpa em seus ativos até 2025.

 Para antecipar a meta, o Grupo CCR construiu uma estratégia na área de energia organizada em três frentes: investimentos em usinas solares no modelo de geração distribuída; migração de seus ativos para o mercado livre associada à assinatura de contratos de compra de energia renovável; e aquisição de certificados de energia renovável (IRECs), que asseguram as usinas de origem da energia consumida.

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“O Grupo CCR tem a ambição de liderar a agenda ESG no setor de infraestrutura no Brasil, e a antecipação em um ano da nossa meta de abastecer 100% do consumo dos nossos ativos com energia renovável é uma evidência deste compromisso e dos nossos esforços para promover a economia de baixo carbono em nossas operações, tornando a mobilidade mais sustentável”, afirma o CEO do Grupo CCR, Miguel Setas.

Um dos marcos desta estratégia é a conclusão das obras de dois novos empreendimentos de energia solar no modelo de geração distribuída (GD) pela CCR Rodovias. A Companhia investiu cerca de R$ 30 milhões na implantação de um projeto no RodoAnel (SP) e em sete usinas na ViaCosteira, concessionária que administra a BR-101 entre os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, foram instaladas 7,6 mil placas fotovoltaicas às margens das rodovias.

Com isso, a plataforma de rodovias do Grupo duplica a sua capacidade instalada de geração solar, passando de 3,14 MWp para 7,34 MWp. Os projetos, que estão em fase de conexão com o sistema elétrico, vão evitar a emissão de 447 toneladas de gás carbônico por ano, o que equivale ao plantio de 3,2 mil árvores, e vão gerar uma economia superior a R$ 2 milhões por ano na conta de energia das duas concessões. A CCR Rodovias também vem trabalhando para adotar o modelo de GD por assinatura para acompanhar o crescimento futuro da demanda por energia. Na plataforma de Mobilidade Urbana, a estação Santo Amaro, da linha 9 – Esmeralda, em São Paulo, também possui uma pequena usina de 0,11 MWp em operação.

Outra frente de atuação é a migração dos ativos para o mercado livre, no qual os consumidores podem negociar as condições dos seus contratos, associada à compra de energia de fontes renováveis. Desde 2022, o Grupo CCR adota como prática que todos os novos contratos de energia no mercado livre sejam provenientes de fontes limpas e certificados como neutros em emissões.

 As operações de trens, metrô e VLT, administradas pela CCR Mobilidade, já estão no mercado livre, assim como parcela expressiva da demanda das concessões da CCR Rodovias. Neste momento, a Companhia está realizando a migração para o mercado livre dos 15 aeroportos que compõem os Blocos Sul e Central, e a expectativa é de que este processo seja concluído até o começo do quarto trimestre deste ano. A BH Airport, concessionária do aeroporto de Confins (MG), já realizou a migração.

 Além do mercado livre, os certificados de energia renovável (IRECs) também são utilizados pelo Grupo CCR para compensar a parcela de energia comprada das distribuidoras, contribuindo, assim, para o alcance da meta de 100% dos ativos abastecidos por energia renovável. Em 2024, está prevista a aquisição de 330 mil IRECs para cobrir os contratos nos mercados livre e cativo.

Atualmente, o Grupo CCR é um dos 50 maiores consumidores de energia do Brasil. Em 2023, a Companhia consumiu 577,801 mil MWh, o que equivale à demanda de 240,7 mil residências. Deste volume, os negócios de mobilidade urbana representam 80% do total; os ativos de aeroportos, 12% e a CCR Rodovias, 8%.