A economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre e só não avançou mais por causa do avanço das importações. O PIB foi embalado pelo consumo das famílias e pelos investimentos, que voltaram a crescer.

Em um ano, a economia brasileira avançou 2,5%, acima das projeções de crescimento do governo para este ano.

No cálculo do PIB, o setor externo nos últimos dois anos contribuiu positivamente para o PIB. Mas neste ano, com importações maiores que exportações, o efeito foi oposto, e a balança comercial provocou um efeito negativo no cálculo do conjunto de riquezas.

Comércio é um dos motores da economia. Foto: Helena Pontes/ Agência IBGE de Notícias

“Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, afirmou a pesquisadora responsável pelo PIB no IBGE, Rebeca Palis.

A Formação Bruta de Capital Fixo, que mede os investimentos, aumentou 4,1%, enquanto o consumo das famílias, que tem peso de mais de 60% no PIB, sob o ângulo da demanda, cresceu 1,5% no primeiro trimestre em relação ao anterior, em comparação livre de influências sazonais.

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O setor de Serviços puxou essa variação positiva, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de Outras atividades de serviços (1,6%). A Agropecuária cresceu 11,3%. E a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.

Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, dentro do setor de serviços, algumas atividades se destacaram na alta do PIB ante o trimestre anterior: “O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”.

Na mesma comparação, Rebeca lembra que, na análise do PIB pela ótica da demanda, observa-se uma continuidade do crescimento do consumo das famílias, devido à melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.