A EcoRodovias publicou nesta segunda-feira (18) o seu Relatório Integrado de 2023, onde constam, pela primeira vez, suas metas de sustentabilidade para serem alcançadas até 2030. Ao todo, a empresa assume o compromisso de alcançar objetivos traçados em 10 pilares estratégicos, chamados vias da sustentabilidade. Cada uma delas possui metas específicas, entre elas a de reduzir em 42% as emissões de CO2 decorrentes das atividades da empresa e das associadas ao seu consumo de energia (emissões de escopos 1 e 2).
No que se refere às emissões indiretas (escopo 3), que ocorrem ao longo da cadeia de produção, a empresa busca redução de 11% até o início da próxima década. “Sustentabilidade sempre foi importante para a EcoRodovias, exemplo disso é que já faz 13 anos que a companhia integra a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3. Agora, entendemos que o grupo está maduro o suficiente no tema para publicarmos metas mais objetivas, inclusive, já temos projetos rodando com resultados expressivos”, esclarece Monica Jaen, diretora de sustentabilidade na EcoRodovias. A EcoRodovias mantém metas de sustentabilidade, como a redução de consumo de energia atreladas à remuneração variável de todos os colaboradores, incluindo os da alta gestão.
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No caso da redução das emissões de gases de efeito estufa, a empresa cita algumas iniciativas que já estão em andamento como a pesagem de veículos em movimento na velocidade da via (HS-WIN), o uso de material asfáltico reciclado (RAP) e a implantação de usinas fotovoltaicas para suprir o consumo de energia da operação das rodovias. Em sua estratégia climática, a EcoRodovias também traçou como metas a instalação de um total de 112 pontos de recarga para veículos elétricos nas rodovias até 2026 para auxiliar na descarbonização das frotas que circulam pelas rodovias, e a elaboração de um plano de adaptação dos negócios às mudanças climáticas.
“A demanda por modelos de negócios menos intensivos em carbono é global e teremos contribuição significativa no setor de infraestrutura rodoviária”, garante Monica. Ela lembra, ainda, que o RAP é uma das iniciativas que atende a meta de reutilização ou reciclagem de 95% dos resíduos até 2030, potencializando a economia circular.
Outra meta em destaque é em relação à equidade de gênero. Atualmente, a liderança da empresa é composta por 30% de mulheres e 24% de pessoas negras. A companhia vem adotando programas de impulsionamento de carreira, mentorias e treinamentos para chegar em 2030 com 50% de mulheres e 35% de pessoas negras nas posições de liderança. Desde 2018, a EcoRodovias mantém o “Programa Caminho para Todos”, que busca construir um ambiente de trabalho diverso, equânime e inclusivo com treinamentos e capacitação dos colaboradores, sobretudo nos pilares gênero, LGBQIAP+, PCDs e raça. A empresa integra ainda a carteira IDIVERSA, da B3, por seu destaque na temática de diversidade de gênero e raça.
A agenda de treinamentos, desenvolvimento e capacitação, tanto do quadro interno da companhia quanto de seus fornecedores, também deverá atender metas até 2030, em especial no que diz respeito a ética e direitos humanos. “O fortalecimento de nossa cultura voltada à sustentabilidade, com o envolvimento dos nossos colaboradores e fornecedores é determinante para alcançarmos os objetivos da Agenda 2030 que queremos”, explica a diretora. Ainda pensando no compromisso com o capital humano, a redução da taxa de lesões não fatais entre os colaboradores deve ser reduzida em 50% até 2030.
Além de aspectos de sustentabilidade, o relatório que contém a relação completa de metas da companhia traz os resultados da EcoRodovias em 2023, ano em que companhia atingiu um inédito patamar operacional e financeiro com EBITDA Ajustado de R$ 3,9 bilhões, aumento de quase 70% em relação ao ano anterior e atingiu lucro líquido recorrente de R$ 777 milhões. “Estamos mostrando ao mercado que é possível proporcionar excelentes retornos financeiros com elevados investimentos na infraestrutura e no desenvolvimento econômico e social do país sem abrir mão de uma prática ética e sustentável em nossos negócios”, afirma Marcello Guidotti, CEO da EcoRodovias. No mesmo período, os investimentos da companhia somaram R$ 4,2 bilhões.
De acordo com a operadora, fortalecer a cultura de inovação para agregar valor à empresa e permitir vantagem competitiva faz parte da Agenda 2030. Para avaliar se há avanços nesse tema, a empresa estipulou como meta alcançar 70% de favorabilidade da pesquisa de inovação em liderança até 2030. “Por meio da implementação de novas tecnologias, esperamos trazer ainda mais eficiência para os projetos voltados à sustentabilidade, segurança viária e soluções de engenharia, por exemplo. Mas sabemos que dependemos do engajamento das lideranças, por isso, será essencial acompanharmos essa meta”, esclarece Mônica.