Saúde
A elevada renda do niteroiense explica o fato de a população ter uma cobertura da ordem de 60% por planos de saúde, enquanto a região Sudeste apresenta média de 37,5%. Essa ampla cobertura particular ajuda a explicar o mal desempenho da cidade segundo o indicador que mede o programa de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS). O programa determina o valor que as gestões municipais devem receber em repasses federais com base na avaliação de sete indicadores de pré-natal, saúde da mulher, saúde da criança e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Os indicadores medem ainda a proporção de atendimentos. A nota de Niterói foi de apenas 4,41 em uma escala de 10. Niterói ocupa a 5.447ª posição entre 5.565 municípios.
Talíria Petrone (PSOL)
Propõe: Ampliar a cobertura da Estratégia de Saúde da Família para 100% da população; aumentar leitos de emergência e fortalecer o SAMU; transformar o Hospital Municipal Carlos Tortelly (HMCT) em um hospital de referência para as principais urgências em clínica médica; implementar o projeto “Niterói Sorridente” para prestação de saúde odontológica pública; promover gradativa substituição do modelo de contratação dos trabalhadores da saúde por um sistema de gestão pública com concurso público; promover gradativo fim da parceria com as organizações sociais (OS) para superar atual desorganização dos serviços, precarização do trabalho em saúde e a desassistência. Clique aqui para receber todas as propostas.
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Faz/Fez/Diz/Aponta: Segundo o plano de governo de Talíria, Niterói encontra-se aquém do Pacto pela Saúde na defesa do SUS. “O Sistema de Saúde do município é caracterizado por uma grande inoperância estrutural, resultante da insuficiência na cobertura da saúde da família, falta de leitos de internação qualificados, escassez de unidades de terapia intensiva, desarticulação entre os componentes da rede de atenção, ausência de controle e avaliação e, sobretudo, pela falta de uma gestão profissionalizada. É preciso considerar que o envelhecimento da população tem levado, aos serviços de saúde, pacientes que necessitam de acesso a recursos tecnológicos avançados”.
Rodrigo Neves (PDT)
Propõe: Reestruturar a rede de saúde, contemplando todos os segmentos da sociedade; criar o Centro Regionalizado de Exames e Diagnóstico; criar a Policlínica para expansão do atendimento na região Leste e revitalizar todas as policlínicas da cidade; criar centros de especialidade multifuncionais; ampliar o Programa Médico de Família; implementar sistema informatizado de marcação de consultas para redução de filas da rede de saúde pública municipal; oferecer serviços especializados para diagnóstico e atendimento de pessoas neuro divergentes e apoio e a mães atípicas.
Faz/Fez/Diz/Aponta: Rodrigo Neves recebeu prêmio de reconhecimento da Organização das Nações Unidas pelas ações rápidas e eficazes na pandemia. Niterói foi uma das primeiras cidades a determinar quarentena e teve o primeiro hospital de referência para o enfrentamento da pandemia. Na sua gestão foi reaberta e reformada a emergência do hospital pediátrico Getulinho. Foi entregue o Hospital Municipal Oceânico de Niterói e 14 unidades do médico de família. Por outro lado, a superlotação de hospitais na cidade é visível, com filas intermináveis para exames e cirurgias.
Carlos Jordy (PL)
Propõe: Construir um hospital municipal, oferecendo serviços especializados em oncologia, neurologia, cardiologia, oftalmologia e ortopedia; criar um centro de imagem para os moradores da cidade; criar a Casa da Mulher Niteroiense; fortalecer as Policlínicas e Unidade Básica de Saúde; ampliar a oferta da assistência fisioterapêutica, nutrição, fonoaudiologia, entre outras especialidades; implantar o serviço de nefrologia pediátrica no Hospital Getulinho. Clique aqui para receber todas as propostas.
Faz/Fez/Diz/Aponta: “….no Brasil, quem vai se responsabilizar pela vacinação obrigatória no caso de efeitos colaterais? STF, governadores ou prefeitos?”. O relatório da CPI da Covid apontou Jordy como integrante de um núcleo que formulou fake news com intuito de desinformar a população acerca do coronavírus, o que teria proporcionado engajamento nas redes sociais a favor de Bolsonaro. Em seus posts, Jordy incentivou a população a usar cloroquina e criticou o que chamou de “tarados pela ciência”. Desestimulou o isolamento e ajudou a organizar manifestação em Icaraí. No mesmo mês da manifestação a cidade registrou salto no número de casos da doença.
Bruno Lessa (PSDB)
Propõe: Inaugurar, em parceria com o Governo do Estado do Rio, o Centro de Imagem Municipal; transformar a Maternidade Alzira Reis em Hospital Municipal da Mulher; municipalizar o espaço do Iaserj e transformá-lo no grande centro de especialidades da cidade; implementar um serviço de urgência e emergência na cidade; implementar sistema de marcação de consultas e exames por meio de aplicativo, com mais transparência na fila de espera; construir, pelo menos, dois novos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial); reformar o Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, criar um centro municipal para tratamento de dependentes químicos; realizar parceria com Inca ou Fundação do Câncer para tratamentos oncológicos a serem realizados em Niterói, evitando o deslocamentos de pacientes com a doença.
Faz/Fez/Diz/Aponta: Lessa afirma que os dados negativos sobre a saúde em Niterói “ressaltam a necessidade urgente de intervenções para elevar os padrões dos serviços na cidade, incluindo melhorias nas infraestruturas, aumento no número de profissionais de saúde das mais diversas especialidades e implementação de tecnologias que possam contribuir para um atendimento mais eficiente, célere e abrangente”.
Veja também propostas e realizações dos candidatos em outros temas:
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